Era de noite, estava tudo calmo, o mar estava em maré baixa, a brisa quente de início acariciava levemente a folhagem das árvores. Todos dormiam, o que ajudava à fuga de Clair. Finalmente iria ser livre, poderia sair da Irlanda e seria pirata, o seu sonho de infância.
Claire era uma jovem mulher, de cabelo cor de fogo e olhos verdes selvagens, com sardas de chita espalhadas pela cara. Era inteligente, segura em si, decidida, mas também teimosa. Ansiava fugir de casa, porque o seu pai era comandante de um navio e ela queria ter o mesmo futuro que ele, mas foi travada pela família. Contudo, por ser teimosa, juntou-se a uns amigos que também se queriam aventurar pelo mar. Eram 13 ao todo, e todos rapazes.
Clair era a mais experiente em navegação, pois viajava frequentemente com a família, logo seria a capitã do navio.. Encontraram-se no cais , conforme a hora marcada, às 23 horas em ponto. Tinham todos uma pequena mochila só com o necessário: um pouco de comida, para dois dias, no máximo, e umas quantas roupas. A primeira coisa que fizeram foi combinar qual seria o cargo de cada um e que barco iriam tomar, ou melhor dizendo, roubar. Muitos queriam um barco que tinha atracado há pouco tempo, o Eleonora, mas Clair achava melhor o Devil, um barco que ela tão bem conhecia. Acabaram por escolher o Devil. Quanto ao rumo, metade queria ir para a zona portuguesa, já que os barcos portugueses vinham cheios de ouro e especiarias enquanto que a outra metade só queria explorar. Até Clair estava indecisa, por isso pediu ajuda a Kayan, o seu melhor amigo e o seu braço direito. E, bem, decidiram então navegar até aos mares nórdicos. Até lá, iriam treinar para serem os melhores piratas.
Diogo tinha ouvido falar de uma tripulação pirata que tinha atracado perto do palácio. Então decidiu ir ver com seus próprios olhos, pois nunca tinha visto um pirata, mas o que o surpreendeu foi ver uma mulher… a mulher mais bonita que tinha visto na vida. Tentou falar com ela, mas foi impedido pela tripulação. Assim, decidiu pedir para se juntar ao grupo, só para falar com ela falar. Passou-se uma semana e passou a ser aceite por todos. Um dia quando chegou ao barco, para com eles conviver, encontrou os guardas reais a levarem toda a tripulação. Tentou impedi-los, mas eles disseram que tinham ordens para os prender.
Diogo ia vê-los todos os dias, o que deixava Vitória ainda mais irritada. Apesar de tudo, conseguiu provar que eles eram inocentes e fez com que eles fossem libertados.
A rainha Elizabeth quis, então, conhecer Clair, a mulher que tinha ficado com o coração do seu filho. Quando esta lhe foi apresentada. Elizabeth não acreditou que ela fosse uma pirata, pois uma mulher bela, inteligente e de personalidade forte não poderia ser pirata, não na sua opinião. A rainha já estava a ficar velha e precisava de netos e, pouco a pouco, foi aceitando Clair como sua futura nora. Foi então que o inesperado aconteceu e a pobre rainha morreu às mãos de Vitória que, cheia de inveja, colocou veneno no seu chá. Quando o crime foi descoberto, Diogo expulsou Vitória do Castelo e do Reino.
A primeira semana no mar é sempre a mais difícil, mas eles passaram por tudo juntos, como uma tripulação pirata. Ao longo da sua viagem rumo aos mares nórdicos, viveram imensos contratempos,, desde enormes tempestades, até dias de sol tão intenso que dava para assar canas à sombra. Porém, eles não desesperaram, mantiveram-se unidos e com a mesma alegria com que começaram a sua aventura.
Passaram-se 5 anos, Clair tinha então 17 anos, sempre fora a mais nova, enquanto que Kayan, o seu melhor amigo, era o mais velho, tendo agora 20 anos. Os restantes tinham entre 18 e 19 anos.
Certo dia, decidiram ir à corte inglesa para tentarem roubar a comida da rainha. Má sorte tiveram eles, a corte passava por momentos difíceis, o príncipe não queria casar com a princesa que tinha sido escolhida para ele, a Vitória. A rainha aumentou o número de guardas reais, pois o príncipe estava sempre a fugir para se aventurar por aí, normalmente ia para perto do mar.
Vitória tinha o cabelo preto curto, olhos cor de noite, era magra como um cão. Só lhe interessava ser rainha, ela só procurava a riqueza da corte.
Clair acabou por ser presa juntamente com a sua tripulação. Tudo porque Vitória tinha mandado uma empregada seguir Diogo, o príncipe.
Passaram-se meses em que o Diogo tudo fez para conquistar Clair e lá conseguiu o que queria. Clair iria tornar-se rainha e a sua tripulação seria protegida pela corte real britânica.
O casamento foi, bem, único! Clair vestida de pirata, tinha muita luminosidade, a tripulação estava lá toda e Kayan foi o seu padrinho. Clair foi uma rainha inovadora, criou sindicatos para a proteção dos navegantes e bolsas de ajuda para todo o povo, desde os camponeses até aos cozinheiros do palácio e navegantes. Foi algo que o povo inglês guardou nos seus corações para sempre.
Catarina Camarinhas, 8ºA
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