Celebrou-se, no dia 17 de novembro, o Dia Internacional da Filosofia no AEVH.
Esta data foi comemorada com algumas atividades, das quais destacamos uma exposição subordinada ao tema: Mulheres Protagonistas da História – exemplos do papel positivo e de alto relevo histórico desempenhado pelas mulheres ao longo dos tempos.
Foi também projetado o filme “O Apedrejamento de Soraya M”, seguido de debate sobre o problema da violação dos Direitos Humanos, em particular dos direitos das mulheres em algumas partes do mundo e, quiçá, entre nós.
As crianças e jovens com quem trabalho já sabem… qual a presença constante nas nossas sessões: perguntas. Muitas das crianças ainda não sabem o alfabeto, mas já sabem o que é um ponto de interrogação, ou melhor, o sinal das perguntas e do pensar. De facto, trabalho com perguntas. Digo muitas vezes que gosto de as colecionar, guardar, emprestar, oferecer, dar – tal como se fossem coisas físicas que podemos levar no bolso e partilhar com alguém. O meu trabalho consiste em construir e desconstruir essas perguntas, em grupo, investigando as suas possíveis respostas. É isso que fazemos nas nossas sessões de filosofia. Porque felizmente há um espaço na escola, onde o aluno não é premiado pela resposta certa, mas valorizado pelo seu acto de pensar. Se no final do ano demos corpo ao pensamento, procurando construir uma Caixa da Filosofia, onde pudéssemos guardar os percursos da nossa investigação. Em2016, eu não sei como vai ser o ano, mas de certeza que começará com muitas perguntas que nos lançam em novos desafios. Por isso, está lançada a tarefa de construir uma Caixa de perguntas e assim sendo, gostaria de partilhar convosco algumas perguntas deixadas por estes pequenos filósofos. Algumas delas são fruto da troca de ideias e partilha entre todos nós:
12 perguntas para 2016 (e para toda a vida?)
A filosofia foi inventada ou descoberta?
Qual a diferença entre dar razões e dar boas razões?
O que é a filosofia?
Por que é que nos obrigam a comer lulas?
Por que é que eu sou eu?
É possível deixar de pensar?
O Nada é já alguma coisa?
Por que é que não podemos andar para trás, no tempo?
Por que é que existe o mundo?
Qual é o sentido da vida?
Haverá mentiras boas?
O que é ser tratado como uma pessoa?
Deixo-vos o desafio de pensar e de perceber se estas perguntas vos incomodam ou não. Se tiverem esse efeito, suspeito que serão perguntas importantes para vós e já sabem podem sempre partilhá-las connosco.
Até à próxima, para conversas de ‘gente grande’, desejando a todos vós um Bom Ano.
Para celebrar o Dia Mundial da Filosofia na Escola Básica, fez-se uma exposição com os pensamentos dos nossos meninos do 1ºciclo, ao longo das sessões de AEC de filosofia. E paralelamente, foram feitas duas sessões de filosofia com a Mac 1 com o tema “O rio de Heraclito” e a Mac 5 sobre a liberdade. Nestas sessões foram criados dois painéis em papel cenário com o mapeamento de todo o diálogo filosófico entre o grupo de investigação. Os painéis estão expostos no espaço multiusos do Bloco C. A exposição :”Filosofia trocada por miúdos” revela todo o trabalho desenvolvido e a sua capacidade de pensar genuinamente. A exposição ainda se encontra na Biblioteca da Escola Básica para quem queira pensar connosco!
O DIA MUNDIAL DA FILOSOFIA, instituído pela UNESCO, foi celebrado no agrupamento de Escolas Verde Horizonte, no dia 19 de novembro de 2015, com muita alegria e participação dos alunos e de toda a comunidade escolar.
O evento foi comemorado com três atividades: uma dramatização da Alegoria da Caverna de Platão, um Almoço Grego na cantina da escola e com um estendal de balões coloridos com pensamentos filosóficos escritos. No final, todos nós nos sentimos um pouco mais filósofos…
Dizer “não” a uma criança é uma atitude, dentro do processo educativo, necessária e saudável. A criança precisa de compreender que existem regras, que tudo tem um momento certo e que há horas para brincar, para dormir, estudar etc. Quando a criança tem liberdade total, terá dificuldade em apreender e aceitar regras e limites, pelo que mais tarde dificilmente ascenderá ao sentido pleno da responsabilidade.A falta de firmeza dos pais leva a criança a impor a sua vontade, sem pensar nas implicações dos seus actos e decisões. É ela que determina o que vai comer, o que vai vestir, que programa assistir na TV, etc. Habituados a impor a sua vontade, a criança não aceita ser contrariada.
Dizer “não” a uma criança, no momento certo, não é prejudicial. Muito pelo contrário. Esta pequena palavra é necessária, uma vez que a criança está ainda a construir a sua concepção do mundo. E o mundo, a vida nem sempre é como nós queremos. Écomo é, cabendo a nós saber geri-la. A criança precisa de conhecer os limites, saber distinguir aquilo que pode ou não ser feito, para conseguir viver em sociedade.
Será que estamos a saber fazê-lo enquanto pais e educadores? Ora vejamos:
Mais um dia em que se fez brotar a filosofia destes pequenos pensadores, hoje pensou-se sobre as regras: o que são? E porquê? Qual a sua razão de ser? Ao que me responderam que são coisas que temos de fazer, mas também coisas que tu não podes fazer, como por exemplo dizer a verdade ou entrar num quarto que não é o teu, sem pedir permissão.
As regras estão por todo o lado, na escola, nos sinais, nos jogos, corridas, em casa…Mas será que temos de cumprir as regras?
– “Sim. É importante cumprir as regras para sermos amigos.” P.
– “Para fazermos as pessoas contentes.” V.
– “Se não cumprirmos é uma grande confusão e fazemos os outros tristes.” R.
– “Podemos ser castigados.” M.
– “Há regras mais importantes que outras.” G.
No entanto considerou-se que é mau não cumprir as regras, não somente devido à presença inabalável do outro, mas pela segurança de si próprio. Devemos cumprir as regras para se estar em segurança, isso é da nossa responsabilidade. Mas viver contente ou em grande confusão contribuindo para a tristeza dos outros, também depende de nós.
Assim vimos que ao contrário do que muitos pais pensam, a criança desde cedo é capaz de entender um “não”, isto é, de entender que há limites ao seu desejo de liberdade. E este não gera traumas desde que lhes seja dada uma razão e coerência para a sua interiorização.
Foi o que procurámos fazer em conjunto: procurar as razões do agir e a importância de sua coerência.
Importa agora solidificar estas ideias para que estes pequenos pensadores possam mudar o amanhã e demarcar-se pela diferença numa sociedade em mudança, onde as regras e os valores mais parecem coisas de um passado bem distante.
Porque hoje foi dia de mais uma sessão em comunidade filosófica, pensou-se a questão do nascimento. Não a explicação do nascimento às criancinhas como o leitor deve estar neste momento a pensar, mas o nascimento no seu sentido filosófico, veremos até onde ele nos leva.
Na barriga da mãe era tudo muito escuro, uma escuridão imensa e quando eu nasci era tudo novo, tudo por estrear, e assim começou o despoletar do nosso diálogo filosófico com a leitura deste conto de Isabel Minhós Martins, conforme o título indica.
– “ Quando não nascemos não vimos nada”. V.
– “ Na barriga não há nada.” P.
– “Antes de nascer nem sabíamos o que era bolo de chocolate!” B.
– “E também não sabíamos nada do planeta e do país.” M.
– “ Será que quando nascemos ficamos a saber tudo?” M.
– “Não, não sabemos, porque os adultos não sabem tudo. Há uns que não sabem fazer o jantar.” R.
– “Quando nascemos conhecemos pessoas, animais, o sol, as nuvens … o mundo.” G.
– “E isso é importante porque ficamos a saber as coisas.” G.C.
Resta agora saber como? Como se dá o conhecimento? Quando nascemos, somos lançados a um mundo que se dá a conhecer e desvendamos paulatinamente uma rede de significações.
Mas afinal o que é conhecer? E o que é necessário para haver conhecimento? E que tipo de conhecimento? Estas questões ficam para a próxima sessão.
E assim se fez em comunidade filosófica um percurso da maravilhosa descoberta do bolo de chocolate à consciência social sobre o que se passa no país.
Até à próxima, com doces pensamentos e sempre a aprender com a simplicidade e o que tem de genuíno a visão destes pequenos grandes pensadores.
Regressados das férias da Páscoa e com as ideias a fervilhar, hoje o tema da conversa filosófica partiu de um douradinho, um peixe de plástico, uma maçã e um boião de fruta. Sim, porque nem tudo o que parece é, e se há coisas difíceis de desvendar é a verdade.
– “Parece peixe, mas não é.” P.S.
– “Não é maçã por fora, mas é por dentro.” G.M.
– “Há coisas que são e outras não.” M.
– “Lá dentro do douradinho é peixe.” B.
– “Tem forma de peixe mas não é peixe.” V.
– “Porquê?” R. S.
– “Porque não é verdadeiro.” L.
– “E como sabemos a verdade de uma coisa?” R. S.
– “Isso é um mistério”. P
E assim caminhámos do douradinho para a realidade profunda, a que não muda consoante os olhares e as circunstâncias. A que se dá a conhecer na gestualidade do ser e que é percetível ao olhar destas crianças da forma mais autêntica.
Eu, deixei-me tocar pela genuinidade da vivência destas crianças e mais uma vez saí surpreendida e orgulhosa pela sua capacidade de dialogar filosoficamente. O meu espanto tem sido infindável. E quanto ao mistério da Verdade, este apesar de complexo não mete medo a esta comunidade, prontos para questionar, pensar em conjunto, voltaremos a grandes descobertas: Saberemos, realmente, o que uma coisa ou pessoa é? Como posso saber verdadeiramente?
Até à próxima, e em que muito temos a aprender com estes pequenos grandes pensadores.
“Somos todos personagens de um teatro, usando máscaras que nos escondem a essência.” Nietzsche
Mais uma quinta-feira em que levo a filosofia às crianças e as crianças a filosofar.Desta vez, entraram todos na sala dispostos a tratar sem máscaras, nem disfarces o tema do Carnaval.
Conversaram sobre máscaras, as de Carnaval, do teatro e aquelas que as pessoas põem no dia-a-dia.
Afinal: O que podemos pensar sobre máscaras? O porquê das máscaras? Em que momentos usamos? O que fica de nós nas máscaras?
“ Isso acontece, várias pessoas fazem isso – estão tristes, mas põem uma máscara e fingem que estão contentes.”(R.)
-“Dizem ter outro sentimento.”(M.)
– “As máscaras não servem só para esconder o que sentimos, mas para nos divertirmos.”(G.)
-“ Com a máscara não somos nós próprios.”(J.)
– “Vou fazer uma cara. Isto é a máscara do que eu penso.”(L.)
As máscaras que usamos são as maneiras como a nossa personalidade se apresenta ao meio onde convive e para o mundo no qual existe e se relaciona. Elas são o ponto mediador entre a nossa essência, interioridade (alma) e a nossa exterioridade (persona).
Entretanto, o tempo estava no fim e já fazia falta um bom almoço.
Voltamos em Março, para mais conversas com Gente Grande.
Clica na foto para veres a reportagem fotográfica completa.
Hoje foi assim o nosso dia:
“Três maçãs e a possibilidade de fazer filosofia com crianças”
“O entendimento não deve aprender pensamentos, mas a pensar. Deve ser conduzido (…), mas não levado em ombros, de maneira que no futuro seja capaz de caminhar por si sem tropeçar.” Kant
Filosofia para Crianças ou Filosofia com Crianças? Na verdade esta problemática parece-me menor, apenas importante como tomada de consciência daquilo que é ou deverá ser a prática filosófica com crianças.
Por um lado, Filosofia para…, na medida em que adaptamos o desenvolvimento de competências filosóficas especificamente para as crianças, em analogia ao desejavelmente feito em Filosofia enquanto disciplina do Ensino Secundário. Por outro, Filosofia com…, pressupõe a criação de uma Comunidade de Investigação em que as crianças são coautoras da sua própria aprendizagem e investigação filosóficas, tal como propôs Lipman.
Uma das funções do professor de Filosofia (e não apenas do professor de Filosofia com Crianças) é a de ajudar os seus alunos a despertar a mente e a abrir-se para toda a fascinante complexidade do real que nos rodeia. Como escreveu Nietzsche, “o nosso espanto será infindável desde que tenhamos olhos para esta maravilha”. Quem quiser fazer Filosofia com Crianças e filosofia em geral terá de ter isto em conta. Sem essa atitude infantil de maravilhamento com aquilo que nos rodeia não haverá filosofia nem filosofar porque na verdade não haverá nada sobre o que filosofar. Querer filosofar é uma primeira condição essencial para se filosofar, e muito do nosso esforço enquanto professores (ou facilitadores) de FcC (Filosofia com crianças) passa, exatamente, por procurar desenvolver estratégias e exercícios que motivem as crianças a querer pensar.
O exercício que a seguir descrevo foi realizado numa turma do pré–escolar com um grupo de cerca de vinte alunos entre os 3 e 5 anos de idade.
A sessão de FcC começa, como habitual, com as crianças sentadas em círculo esperando pelas indicações do moderador. Desta vez tínhamos alguns adereços no meio do nosso círculo: três pratos: um vazio e duas maçãs. Em cima de dois dos pratos estavam duas maçãs (uma de plástico e uma verdadeira) e o terceiro prato estava vazio para a maçã imaginada e desenhada por eles. Aos alunos foi dito que não podiam tocar nas maçãs nem nos pratos.
Depois de 2 minutos em que os alunos puderam conversar e refletir em pequenos grupos deu-se início ao diálogo entre todos.
Objetivo: O ser e a aparência e encontrar os critérios de “realidade”.
Para alguém ser capaz de investigar racionalmente um problema filosófico deverá ser capaz de utilizar, entre outras, as seguintes ferramentas cognitivas: especular (avançar teorias, hipóteses e princípios, refletir, debater ideias, relacionar teorias e conceitos, defender ideias com razões, clarificar as suas ideias com exemplos, analisar conceitos, avançar contraexemplos, problematizar e usar terminologia adequada.
– A maçã da esquerda é verdadeira porque tem pintas. (Guilherme C.)
– Mas se pintarmos umas pintas na maçã de brincar, ela não deixa de ser a fingir. (Lara)
-A maçã da esquerda é uma maçã, a outra parece mas não é mesmo. ( Rita)
– A maçã da esquerda é verdadeira porque dá para descascar. (Guilherme M.)
-Como sabes se dá para descascar, não podes tocar? (Maria)
– Para mim, a maçã do prato vazio não existe porque não a vemos.(José)
– Mas ela existe na nossa cabeça. ( Rita)
-Existe alguma coisa que não vemos mas que é real? (Vera)
– Os micróbios existem e não vimos e depois ficamos doentes.(Simão)
Com o relato destas intervenções dos alunos do pré-escolar num Diálogo Filosófico procurei demonstrar que crianças muito novas (entre os 3 e os 5 anos) têm capacidade de investigar filosoficamente um assunto usando algumas das ferramentas mais básicas de investigação filosófica.
Neste pequeno texto procurei ilustrar com exemplos retirados de uma sessão de FcC a forma como crianças são efetivamente capazes de fazer uso destas ferramentas filosóficas e como são capazes de, mesmo que de uma forma ainda muito embrionária no caso das crianças mais novas, pensar e dialogar filosoficamente uns com os outros.
Agora compete-nos a nós, pais, professores e educadores, permitir e ajudar os nossos filhos e alunos a desenvolver não apenas as capacidades cognitivas que referimos mas também as “atitudes dialogantes” necessárias para que essas mesmas capacidades se desenvolvam de forma natural e saudável.
Numa sessão de FcC procuramos que as crianças aprendam a dialogar umas com as outras o que implica que aprendam a ouvir-se calmamente umas às outras, que se habituem a criticar respeitosamente as ideias dos outros e a aceitar que as suas ideias sejam também criticadas, que pensem antes de falar e, muito importante, que estejam preparados para mudar de ideias se lhes mostrarem que não têm razão em vez de se agarrarem teimosamente a elas como um náufrago a uma bóia. Neste ponto particular nós adultos temos muito a aprender com as crianças.
É, sobretudo, nestas “atitudes dialogantes” que a Filosofia com Crianças pode fazer a diferença ao focar a sua prática no diálogo entre os alunos, nas suas próprias ideias e experiências e no cultivo das atitudes adequadas ao diálogo (respeito e interesse pelo outro, humildade, curiosidade, persistência, gosto pelo debate de ideias, etc.) É importante reter que numa sessão de FcC não há professores e alunos, educadores e alunos ou pais e filhos. Há, isso sim, pensadores que em pé de igualdade nada sabem e querem aprender… uns com os outros.
Alegria– O bom humor espalha mais felicidade que todas as riquezas do mundo. Vem do hábito de olhar para as coisas com esperança e de esperar o melhor e não o pior. (Alfred Montapert)
Audácia – Alguns homens veem as coisas como são, e dizem: “Porquê?” Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo: “Porque não?” (George Bernard Shaw)
Bem– Os bons pensamentos produzem bons frutos, os maus pensamentos produzem maus frutos… e o homem é seu próprio jardineiro. (James Allen)
Convívio – Estamos todos num mesmo barco, em mar tempestuoso, e devemos uns aos outros uma terrível lealdade. (G.K.Chesterton)
Crítica – A coisa mais difícil do mundo é conhecermo-nos a nós mesmos e o mais fácil é falar mal dos outros. (Tales de Mileto)
Deus – Na realidade, todas as coisas, todos os acontecimentos, para quem os sabe ler com profundidade, encerram uma mensagem que, em definitivo, remete para Deus. (João Paulo II)
Esperança – A esperança adquire-se. Chega-se à esperança através da verdade, pagando o preço de repetidos esforços e de uma longa paciência. Para encontrar a esperança é necessário ir além do desespero. Quando chegamos ao fim da noite, encontramos a aurora. (Georges Bernanos)
Sofrimento– A dor possui um grande poder educativo: faz-nos melhores, mais misericordiosos, mais capazes de nos recolhermos em nós mesmos e persuade-nos de que esta vida não é um divertimento, mas um dever. (Cesare Cantú)
Vida – Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para a recuperar. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro. Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se não tivessem vivido… (Confúcio)
Virtude – Admiro a terra, quero-a, sempre gostei dela. Sempre me senti feliz por estar vivo: apesar da guerra, das más notícias, não sou capaz de matar em mim a simples alegria de viver . (Julien Green)