Debate – “Transformar a Educação: Dá voz às tuas ideias!”

Conclusões – Ensino Secundário

Na sequência da atividade dinamizada na biblioteca escolar e coordenada pelo projeto Comunicar Saberes, na pessoa da professora Lucília Nogueira, os alunos foram levados a refletir, desafiados pelo tema “Transformar a Educação: Dá voz às tuas ideias!”

Após visionamento de um vídeo que lançava o tema “A educação tem o poder de gerar convivência saudável?”, os discentes referiram que estar na escola vai muito para além da aprendizagem da matemática e de outras disciplinas. Mencionaram que o ambiente escolar nos ensina a aprender a lidar com diferentes situações e a estabelecermos diversos laços; é uma segunda casa onde aprendemos não só a respeitar os outros, mas também a respeitarmo-nos a nós próprios. Reconhecem, também, que as instituições educacionais se têm afastado do dogma primitivo que era lecionar exaustivamente a matéria, para a memorizar forçadamente, e se focam, agora, no desenvolvimento das competências, feito de um modo muito mais saudável, física e mentalmente, e muito mais inclusivo.

Já noutra linha de pensamento, os debatentes mencionam que, atualmente, a escola tem vindo a evoluir em relação à igualdade de género, dando o exemplo da disciplina de Educação Física, onde, num conjunto de testes de avaliação diagnóstica inicial, cada género tem os seus parâmetros, chamando a isto diferenciação pedagógica e justificando que um dos muitos objetivos da educação é o alcance da igualdade de género. Assim, consideraram a nossa escola como um bom exemplo da difusão dos ideais de que a desigualdade de género deve acabar, uma vez que, em diversas modalidades desta disciplina, homens e mulheres trabalham lado a lado, aprendendo a respeitarem-se mutuamente. Acrescentaram que, de igual forma, já existem obras literárias inseridas no Plano Nacional de Leitura que retratam/espelham a inclusão dos géneros.

Numa outra pergunta, as turmas debateram se a adoção da Lei da Paridade seria, ou não, suficiente para alcançar a igualdade, chegando, posteriormente, a um consenso. No presente, parece que esta lei é necessária; no entanto, esperam que esta seja dispensável no futuro, o que pode revelar que a desigualdade de género é quase nula, não sendo necessária a adoção de medidas legislativas.

No que diz respeito à prática da escola em relação à existência de estereótipos, os alunos afirmaram que cada vez menos esta lhes transmite valores tradicionais, dando como exemplo “Os homens têm de crescer para serem grandes e fortes”. Cada pessoa tem o direito de querer, ou não, expressar o que sente. Se um homem quiser chorar, chora. Se uma mulher quiser ser grande e forte, nada a deve impedir disso. A sociedade, ainda estereotipada, nada deve intervir na vida das pessoas, muito menos discriminar os seus atos. Mencionam ainda que, nas escolas, estes assuntos não são muito falados, embora o possam vir a ser, dando como solução a criação de aulas onde se possam debater temas como este.

Ainda assim, estes alunos referem que a forma como o conhecimento é transmitido pelos manuais escolares ocorre de uma forma acessível e inclusiva, usando o sistema de exercícios, presente no manual de Filosofia, como justificação para a sua opinião (nos exercícios estão assinalados os respetivos graus de dificuldade).

De seguida, foi inferido que a escola, na visão destes alunos, pode ser transformadora em alguns setores da vida humana. Foram, nesse momento, apresentados exemplos dos muitos projetos e clubes escolares que contribuem, de diferentes maneiras, para a inclusão e o bem-estar psicológico dos alunos.

Já quando o assunto é a sustentabilidade, enquadrada no espaço escolar, é apurado que a escola procura reutilizar, reduzir e reciclar. Contudo, foi apontado o desperdício alimentar como uma problemática, mas logo os alunos apresentaram ideias para ultrapassar esse obstáculo, que passavam pela compostagem desses alimentos ou, ainda, pela alimentação de animais abandonados ou, eventualmente, animais domésticos criados pelos habitantes do concelho.

Para pôr fim ao debate, concluiu-se que a nossa escola se encontra num bom caminho, quando falamos na inclusão social e na diluição da discriminação, e que, apesar de haver alguns aspetos a melhorar, é importante que a escola continue a promover momentos como este, onde os alunos consigam debater e refletir de que forma podem ser solucionados os problemas identificados na comunidade escolar.

No ar ficou a pergunta: “Ser cidadão é opcional?”.

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