(Clica aqui para veres as restantes fotos.)
Porque hoje foi dia de mais uma sessão em comunidade filosófica, pensou-se a questão do nascimento. Não a explicação do nascimento às criancinhas como o leitor deve estar neste momento a pensar, mas o nascimento no seu sentido filosófico, veremos até onde ele nos leva.
Na barriga da mãe era tudo muito escuro, uma escuridão imensa e quando eu nasci era tudo novo, tudo por estrear, e assim começou o despoletar do nosso diálogo filosófico com a leitura deste conto de Isabel Minhós Martins, conforme o título indica.
– “ Quando não nascemos não vimos nada”. V.
– “ Na barriga não há nada.” P.
– “Antes de nascer nem sabíamos o que era bolo de chocolate!” B.
– “E também não sabíamos nada do planeta e do país.” M.
– “ Será que quando nascemos ficamos a saber tudo?” M.
– “Não, não sabemos, porque os adultos não sabem tudo. Há uns que não sabem fazer o jantar.” R.
– “Quando nascemos conhecemos pessoas, animais, o sol, as nuvens … o mundo.” G.
– “E isso é importante porque ficamos a saber as coisas.” G.C.
Resta agora saber como? Como se dá o conhecimento? Quando nascemos, somos lançados a um mundo que se dá a conhecer e desvendamos paulatinamente uma rede de significações.
Mas afinal o que é conhecer? E o que é necessário para haver conhecimento? E que tipo de conhecimento? Estas questões ficam para a próxima sessão.
E assim se fez em comunidade filosófica um percurso da maravilhosa descoberta do bolo de chocolate à consciência social sobre o que se passa no país.
Até à próxima, com doces pensamentos e sempre a aprender com a simplicidade e o que tem de genuíno a visão destes pequenos grandes pensadores.
Porque as coisas simples são assim …
Prof. Renata Sequeira