Exposição “Da morte ao túmulo”

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Os alunos do Curso Vocacional do 3.º ciclo construíram maquetes de pirâmides e de sarcófagos após terem estudado a civilização egípcia na disciplina de História.

Esta civilização da Antiguidade oriental ocupava o norte de África, e estava concentrada ao longo do curso inferior do rio Nilo, no que é hoje o Egito.

O Antigo Egito foi uma das primeiras grandes civilizações da Antiguidade e manteve durante a sua existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas, explicável em parte devido aos condicionalismos geográficos, embora as influências culturais e contactos com o estrangeiro tenham sido também uma realidade.

A civilização egípcia aglutinou- se por volta de 3 150 a.C. com a unificação política do Alto e Baixo Egito, sob o primeiro faraó (Narmer), e desenvolveu- se ao longo dos três milénios seguintes.
O governo dos faraós terminou oficialmente em 31 a.C. quando o Egito caiu sob o domínio do Império Romano e se tornou uma província romana, após a derrota da rainha Cleópatra VII na Batalha de Áccio.

Os antigos egípcios eram construtores qualificados, usando ferramentas simples, mas eficazes e instrumentos de observação, podendo os arquitetos egípcios construir grandes estruturas de pedra com exatidão e precisão.
Estruturas importantes, como templos e túmulos, que se pretendia que durassem para sempre, foram construídos em pedra em vez de tijolos. Os mais antigos templos preservados do Antigo Egito, como os de Gizé, consistem em simples salões anexos com lajes suportadas por colunas.

As pirâmides eram formadas por blocos de pedra de três toneladas, sendo cortadas com cunhas de madeira e depois eram arrastadas para cima em rampas sobre trenós.
Os interiores das pirâmides foram construídos dispondo-se um tipo de labirinto onde era depositado o túmulo do faraó numa câmara secreta para evitar o roubo por saqueadores.

Um sarcófago é uma urna funerária, geralmente de pedra, colocada sobre o solo, embora alguns sarcófagos fossem enterrados. No Antigo Egito, se o morto fosse de classe alta, o corpo era geralmente mumificado e depositado nesse tipo de urna.

Os egípcios acreditavam que o morto necessitaria do seu corpo conservado para que seu “ka” (espírito) pudesse regressar e juntar-se a ele novamente, quando retornasse à vida. Dado que o “ka” exigia um suporte físico para continuar existindo, o sarcófago tinha a função de ajudar a preservar e proteger o corpo. Mesmo que o corpo se deteriorasse, o sarcófago teria de substituí-lo.

A mumificação é o nome do processo aprimorado pelos egípcios em que se retiram os principais órgãos, dificultando assim a sua decomposição. Geralmente, os corpos são colocados em sarcófagos de pedra e depois envoltos por faixas de algodão ou linho. Após o processo estar concluído são chamadas múmias. O processo de mumificação durava cerca de setenta dias.

A mumificação era um processo bastante complexo e demorado. O sacerdote (embalsamador) começava por retirar o cérebro do morto, com um gancho, por meio das narinas. Depois, fazia um corte no lado esquerdo do corpo, retirando os órgãos, que eram colocados em vasos próprios e guardados no túmulo, à exceção do coração, que, por ser necessário na outra vida, era recolocado no seu lugar.

Então, o corpo era coberto com natrão (cristais de sal) e deixado a secar durante setenta dias. Após esse processo, as cavidades eram cheias com linho e substâncias aromáticas, e enrolava-se o corpo com ligaduras. Os olhos eram cheios com linho ou pedras pintadas de branco.

Também os animais de estimação eram por vezes embalsamados e colocados em sepulturas próprias.

Texto e fotografias de: Lígia Silva (professora de História)

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