– Porquê?
Porquê agora, porquê a mim?
Por que é que a vida tem de ser assim?
Não quero ter de acordar,
Ver o meu corpo no espelho.
Não me quero sentir pesado,
Sentir que vivo no passado.
Não!
Quero ser leve, quero voar
Quero ser alado, quero sonhar.
– Eu não te entendo,
Apenas te percebo.
Apenas sei que queres liberdade.
Queres ver o mundo como eu o vejo
Queres voar, ter mais felicidade.
– Felicidade?
Onde, se eu apenas sinto desconforto?
Ninguém concorda comigo.
Isto mais parece um sufoco!
Quero voar: não tenho asas.
Quero sentir as nuvens, não consigo…
Quero ser como tu!
– Vendo a tua reação
Não consigo dizer que não.
Se voar é o teu querer,
É isso que te vou oferecer.
Deixo-te as minhas asas
E com elas as minhas penas.
Agora voa: vê o mundo
Voa e canta com as borboletas!
Amélia Silva, 8ºB