O papel histórico de Jeanne d’Arc, por vezes chamada donzela de Orléans, (Domrémy-la-Pucelle, 6 de janeiro de 1412 – Ruão, 30 de maio de 1431), marca a afirmação de um sentimento nacional, já sensível sob os reinados de Philippe Auguste e do seu sucessor Louis VIII.
Pela sua obstinação, e a dos seus companheiros, de recolocar no trono de França o seu legítimo rei, contra os desígnios ingleses, materializa-se a existência de uma comunidade que divide a mesma língua, costumes e o seu desejo de ter um destino comum.
O seu martírio (Joana foi queimada viva) sela verdadeiramente o nascimento da França. Todos os poderes políticos que se sucederam desde o século XV, acreditassem eles ou não na sua santidade, fizeram da pastora de Domrémy-la-Pucelle o símbolo da nação e, sem dúvida, a sua expressão mais forte e poética.
Jeanne d’Arc foi, por assim dizer, declarada padroeira da França, por ter sido a maior heroína da Guerra dos Cem Anos, durante a qual tomou partido pelos Armagnacs, na luta contra os borguinhões e os seus aliados ingleses.
A prof. Ana Gameiro